Vivendo mais e melhor

A busca pela lendária fonte da juventude sempre esteve na mira da humanidade. Mas a possibilidade de uma vida mais longa e com mais qualidade, é, sim, um horizonte real. Na vida das pessoas e no trabalho dos cientistas. E qual a relação do vinho com tudo isso?

Após uma década de debates controversos, desde a divulgação dos primeiros estudos de Harvard sobre o tema, estamos próximos de um ponto final e feliz: o consumo moderado de vinho nos ajuda a retardar o envelhecimento de nossas células.

O responsável por esse benefício antienvelhecimento é o resveratrol, um antioxidante naturalmente encontrado em algumas plantas, como uvas e cacau. E esse composto antimicrobiano produzido pelas plantas, com a função de protegê-las, é amplamente encontrado no vinho.

Na época desse primeiro estudo, a informação foi tão surpreendente, agitando a indústria farmacêutica, que suplementos alimentares de resveratrol, assim como drogas que o imitassem e o substituíssem, começaram a ser produzidos e comercializados. Mas certamente faltava entender os mecanismos desse processo, como efetivamente o componente poderia beneficiar o corpo.

E o desmembramento dessa pesquisa, na época, foi controverso. Por um lado, comprovava-se a importância do resveratrol e outros compostos similares, no prolongamento da juventude, ou melhor, no prolongamento da qualidade de vida. Por outro lado, questionava-se qual era a real participação do resveratrol nesse processo, e até mesmo se ele realmente tinha alguma relevância nos resultados. E assim se passaram 10 polêmicos anos, sem nenhuma conclusão.

Mas agora, o biológo David Sinclair, da Harvard Medical School, responsável pelo primeiro estudo, está em comemoração, já que confirmou e detalhou os benefícios antienvelhecimento proporcionados pelo resveratrol.

Sinclair, apoiado por mais de uma dúzia de cientistas, publicou um estudo na revista Science, no qual detalhou o mecanismo de funcionamento desse processo. A pesquisa mostrou que o resveratrol é capaz de ativar uma enzima chamada Sirtuin, responsável pela reparação do DNA e pela criação de novas mitocôndrias. E já foi provado em laboratório que o aumento da atividade desta enzima prolonga a vida de animais mamíferos, mesmo que ainda não tenham sido feitos testes em humanos.

Em comunicado, Sinclair disse: “Na história da indústria farmacêutica, nunca houve uma droga capaz de ativar uma proteína da mesma maneira que o resveratrol demonstrou ser capaz. O fato é que quase todas as drogas bloqueiam ou retardam esses processos”.

E as boas notícias não param por aí. Em entrevista ao jornal britânico Telegraph, o biólogo de Harvard afirmou: “O futuro parece promissor. Estamos descobrindo que o envelhecimento não é um processo irreversível, como pensávamos. Alguns de nós poderíamos viver até os 150 anos, mas não chegaremos lá sem mais pesquisas”. Leonard Guarente, biólogo do MIT, concorda com o colega: “Esta não é uma evidência fraca neste momento”.

Como sempre no campo da ciência (e é assim que ela evolui), alguns outros pesquisadores estão contestando os resultados apresentados por Sinclair, contestando os métodos utilizados no estudo, contestando, contestando... Que assim seja, pois disso depende a evolução do conhecimento humano!

Viver 150 anos, com qualidade de vida, certamente não é uma má ideia. Principalmente se o consumo moderado de vinho estiver incluído nessa história, não é mesmo? Além disso, com o dobro de expectativa de vida, teremos tempo para conhecer “alguns” vinhos a mais... Um brinde à ciência!




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